Li o livro Peregrino. A cada página, uma nova descoberta. Guerreiros, clãs, sultanatos, peregrinação. Entre tantas aventuras, é quase impossível parar de ler. Desde o primeiro capítulo já somos apresentados a dois grandes jovens guerreiros, que pertencem ao mesmo clã, mas não compartilham dos mesmos ideais e nem possuem o mesmo caráter. Em Peregrino há paixões, dramas, comédia, todos os ingredientes necessários para arrebatar o leitor as terras geladas de Huega, e conviver com o vento cortantes, quando no grande inverno. Enquanto não posto aqui a resenha deste livro, veja a resenha publicada no Viagem Literária e desperte o interesse de ler esta excelente obra literária.
O texto a seguir é uma reprodução do blog do Marcos Monjardim
Peregrino - no Viagem Literária
O "Viagem Literária" foi o primeiro blog que entrei em contato logo que lancei "Peregrino".
Havia muitos livros na frente e esperei ansiosamente para que chegasse o
dia de ver as impressões que a obra traria para a Nanda. Como as outras
resenhas, a ponto mais negativo é a ausência de revisão por parte da
Editora e que, infelizmente, pode-se evidenciar no livro.
Fico muito satisfeito com a
análise da Nanda e ainda mais com toda atenção que ela tem dado, tirando
dúvidas e dando sugestões durante todo esse período de divulgação do
livro. Através dela que conheci pessoas fantásticas como Diego do "Li um Livro" e Renata do "Mania de Ler". Renata, inclusive tem me dado opinião no esboço do segundo livro que já está em seu estágio final.
Nanda, mais uma vez, obrigado pela oportunidade e todo apoio.
Fiquem agora com a resenha de "Peregrino" e "agarrem-se às asas do peregrino" para essa "viagem literária".
Link Original (aqui)
MONJARDIM, Marcos. Peregrino. Rio de Janeiro: Editora Multifoco, 2011. 444p.
“-
Tenho que acreditar. Como dizia um grande amigo meu, tenha fé nos
deuses e consiga. Faça sua parte e deixe que os deuses guiem seu
caminho. Isso é só o que eu posso fazer.”p.292
O
livro de hoje narra uma aventura épica, uma aventura que começou com
dois guerreiros, cada um deles com interesses e objetivos muito
diferentes e esta narrativa não termina até que os dois encontrem seus
destinos, através de muitas terras e de muitas batalhas. Marcos Monjardim é o autor nacional do mês de novembro no Viagem Literária e hoje vocês vão conhecer Peregrino.
Enoque e Thiers eram os melhores guerreiros do clã Baharan, originários das geladas terras da Huega,
ao norte do grande continente. Terra de invernos longos e frios, e
verões muito curtos. Nestas aldeias o governo era exercido pelo chefe do
clã, que tomava a decisão por todo seu povo. A aldeia dos Baharan era
muito bem localizada, com um grande lago que fornecia comida mesmo
durante o inverno rigoroso. E tudo começou durante um dos piores
invernos, no meio do vento cortante.
Enoque
era sobrinho do grande patriarca, o provável sucessor do chefe do clã.
Era um guerreiro impiedoso, forte e que não temia uma boa batalha.
Enoque era impulsivo, orgulhoso e tinha grandes planos para a Huega.
Enquanto isso Thiers era um estrategista, evitava confrontos
desnecessários embora fosse um ótimo guerreiro. E quando a aldeia estava
prestes a ser invadida, os desejos de Enoque por uma batalha sangrenta
são combatidos pelas ideias inovadoras de Thiers.
Deste
combate restam inimigos mortais, cada um com seu seus planos e sonhos,
ambos partem rumo ao desconhecido. Um sonho premonitório leva Thiers
em uma busca bem longe de sua terra natal. Ele sonha com uma floresta,
com casas suspensas em árvores e com uma linda mulher.
Enquanto
segue na busca pelo local que conhece apenas de seus sonhos, Thiers
salva um viajante da morte certa e pelo jeito o destino estava agindo
novamente. Ele conhece Jonas, jovem e inexperiente, o rapaz
partia em busca de ajuda para defender sua tribo contra os guerreiros
Vizu. Ele era um Brantiano, vivia no reino de Brant, nas terras governadas pelo Duque da Desesperança - o irmão do Rei que explorava e maltratava seu povo.
Thiers
tem a chance de terminar sua busca e de ajudar todo um povo que sofria
injustamente. Porém, o destino irá lhe colocar novamente junto de seu
maior inimigo. Enquanto ele busca a justiça para o seu povo, Enoque tem
uma grande ambição e busca apenas a vingança. Enquanto isso, o falcão peregrino apenas observa e mais uma vez o destino está lançado.
Forcei-me
a parar a história por aqui, senão acabaria contando para vocês mais
do que devia. O enredo de Peregrino é fantástico, para quem gosta de
aventuras medievais e de grandes batalhas o livro é uma ótima indicação.
Apesar do tamanho do livro a narrativa não é cansativa, pelo
contrário, diálogos divertidos e muita ação fazem a leitura fluir. As
descrições também são muito bem feitas, cenários e cidades muito bem
construídos, eu conseguia imaginar todos aqueles locais.
Eu
gostei muito dos personagens principais: Thiers com sua personalidade
centrada e pronto para enfrentar qualquer desafio, Jonas com seu jeito
“bobalhão” - é meu personagem preferido, Nathalie uma guerreira desde
criança – não pude falar da personagem na resenha, mas ganha destaque na
metade do livro.
“- Mas somos aldeãos, jamais conseguiremos aprender a usar o arco a ponto de nos defendermos.
- Como não, João? Se até meu filho conseguiu derrubar um guerreiro Vizu. Se ele pôde, imagine nós.
-
Obrigado papai. Às vezes me pergunto como consegui chegar à idade
adulta sem me jogar dentro do fosso da aldeia – Jonas comentou com
escárnio, mas com certo humor que levou a todos a romperem em
gargalhadas. Definitivamente ninguém o levava à sério.” p.108
Apesar
de a trama ter me conquistado, agora tenho que falar do que não
gostei. A narrativa ágil garante uma leitura muito gostosa, porém senti
que alguns acontecimentos importantes foram contados de forma muito
corrida, o que tira a emoção destas passagens. Um exemplo é quando
Thiers chega a vila de seu sonho e encontra a mulher que buscava,
faltou romance e faltou desenvolver a relação entre eles. Senti este
problema em algumas outras passagens, mas não posso citá-las aqui pelos
spoilers.
Mas
o grande problema do livro está mais uma vez na revisão. Não é a
primeira vez que ótimos livros nacionais perdem ponto comigo por causa
dos erros, acho muito triste ver este descaso com nossos autores por
parte da Editora, mas infelizmente está se tornando uma realidade. O
livro tem diversos erros de digitação, de concordância, de pontuação e
até de continuidade. Não curti a capa também, acho que um falcão
Peregrino enorme teria ficado bem mais legal. ^^
No mais a trama de Peregrino vai agradar ao leitor que gosta do estilo, me lembrou um pouco A fome de Íbus do Albarus Andreos, embora o Albarus tenha uma escrita mais refinada, enquanto o estilo do Marcos é mais leve e divertido.
Se
você já leu me diga aqui o que achou, senão, te convido a conhecer a
obra e viver muitas aventuras ao lado de Jonas e Thiers. Leiam!
Marcos Monjardim é o autor do mês de novembro aqui no blog, aguardem que em breve tem promoção e entrevista com o autor.
da Redação
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