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Marcos Monjardim - Escrito de "Peregrino" |
Aos leitores fãs de "Peregrino", fizemos a seguinte a entrevista com o escritor e esperamos que todos possam cada vez mais encontrar em Peregrino a mesma sensação que tivemos ao ler o excelente romance. Na entrevista, o escritor adianta também o nome e um pouco do enredo de seu próximo livro.
Publicado também em www.caaporapb.blogspot.com
OBRA NACIONAL
Título: Peregrino
Autor: Marcos Monjardim
Editora: Anthology (Selo da Multifoco)
Páginas: 444
Zildo Barbosa: Desde que vi seu livro, me impressionou de
imediato o título “Peregrino”. Por que a escolha desse título?
Marcos Monjardim: Apesar do nome “Peregrino” estar muito ligada ao devoto que
sai em uma jornada religiosa a um lugar sagrado, eu quis unir a acepção que o termo
tem como viajante ao nome dado a ave mais rápida que existe, o falcão
Peregrino. A história gira em torno da contenda de dois personagens que saem de
sua terra natal em uma jornada que poderá mudar todo o mundo conhecido. Um
caminha com a fé de que os deuses guiam suas ações o outro que tem que lutar
por aquilo que o destino lhe predestinou. E o falcão Peregrino, a ave que
acreditam ser o mensageiro que guia as almas dos mortos e leva as orações aos
deuses, assiste a tudo.
ZB: O Livro tem bastante
ação e aventuras e a algumas vezes o título do livro parece está ligado a um
dos personagens da trama. Qual a real ligação entre os personagens e o falcão
peregrino? De que forma o leitor pode perceber essa ligação?
MJ: Os baharans acreditam que o peregrino é uma ave mensageira.
É aquela que leva as orações aos deuses e que guia a alma dos guerreiros. O
falcão peregrino é considerado como um personagem observador. Ele aparece em
momentos cruciais da trama.
ZB: O livro não possui
ilustrações. Você acha que de alguma maneira isso influencia no interesse do
leitor em relação ao livro? Você pensou em ilustrar o livro?
MJ: Eu não entendi bem a pergunta. Você pergunta se o livro
deveria ter gravuras ou que poderia ter mapas (ou algo assim) para orientar o
leitor? Se estiver questionando se pensei em colocar gravuras no texto; eu não
pensei nisso. Mas, cheguei a desenhar um mapa para orientar o leitor e enviei
para a editora fazer a arte do mesmo, mas ela não publicou com o texto. Então
fui obrigado a pôr o esboço desse mapa em meu blog para o leitor poder olhá-lo,
caso seja de seu interesse. É um desenho tosco, pois a minha habilidade com o
desenho e com os programas de imagens não é das melhores. Segue o link para ver
os mapas: http://marcosmonjardim.blogspot.com/p/mapas-de-peregrino.html
ZB: Ainda há certo
preconceito dos leitores brasileiros com os livros nacionais, como foi para
você passar por essa barreira?
MJ: Esse preconceito ainda existe, mas há na literatura nacional
grandes nomes como Eduardo spoh, André Vianco, Raphael Draccon, Thalita
Rebouças e, não podemos deixar de citar Paulo Coelho. Apesar de a crítica cair
em cima de Paulo coelho, é inegável o que conquistou, já tendo vendido mais 100
milhões de exemplares, sendo Best seller em diversos países.
Quanto a mim, ainda estou desbravando a jornada para ser
conhecido pelo grande público, então, não pude sentir esse preconceito.
ZB: Houve algo que te
motivou a escrever Peregrino?
MJ: Eu comecei a escrever sem compromisso, apenas pelo prazer de
escrever. Gosto muito de ler, e, resolvi testar como seria não ser escravo da
imaginação de outro. Queria saber como seria sonhar minha própria história.
Queria escrever apenas um capítulo. E um capitulo levou a outro e outro. Levei
tempo até ter coragem de dizer a mim mesmo que não era pretensão de minha
parte, eu estava escrevendo um livro. E durante a escrita, a obra virou uma
homenagem a um amigo que se foi.
ZB: Os problemas de
revisão prejudicaram de alguma forma a qualidade de seu livro? Por que isso ocorre
com muitos autores nacionais?
MJ: Descaso. Esses erros me incomodaram muito, pois não gostaria
de apresentar um texto com erros ao leitor, ainda mais quando esse é meu
primeiro livro. Em algumas resenhas, os erros pesaram na avaliação, mas no
geral, as pessoas têm gostado muito do livro. O resultado disso tudo é que
decido não renovar com a editora.
ZB: O segundo livro já
está em andamento? Tem alguma novidade que você pode nos adiantar?
MJ: Estou terminando esse segundo
livro e
deve ter aproximadamente 300 páginas. Mas no momento está parado porque estou revisando
Peregrino e reescrevendo alguns capítulos. Tanto esse segundo livro quanto a
possível segunda edição de Peregrino só deverão ocorrer depois que acabar meu
contrato com a Multifoco, minha editora.
Esse novo projeto chama-se, por
enquanto, “O Presente das Águas, os filhos da intenção”. Enquanto que
“Peregrino” é um romance ambientado em um mundo fictício, O Presente das Águas
tem sua trama no mundo atual e, ao contrário de Peregrino, há magia envolvida.
Para mim, os personagens são muito mais complexos. O novo livro fala de um
rapaz que acorda em uma praia sem se lembrar de nada e, aos poucos, vai
descobrindo quem é, e que os Elementais da Água, chamados no livro de
Aquadines, presentearam-no com o “dom elemental”. Ele passa não só a ter
poderes, mas percebe-se envolvido em uma guerra invisível e de grandes
proporções, que põe em risco não só a sua vida e de toda humanidade, mas também
a sua existência.
ZB: Qual o estilo
literário você prefere?
MJ: Romances históricos e fantásticos.
ZB: Na resenha do blog
Viagem Literária da Nanda, houve algumas falhas apontadas por ela em relação ao
livro, como por exemplo, o corte de alguns acontecimentos importantes e a falta
de romance, você poderia comentar algo sobre isso?
MJ: Quando escrevi peregrino tinha muitos receios. Como seria a
aceitação do público, se uma editora aceitaria publicar meu livro... Enquanto
eu escrevia, alguns amigos comentavam que o livro estava ficando muito extenso
e que as pessoas não o leriam. Preferi, então, focar-me mais na história e não
dar tanta ênfase no romance. Algumas partes que eu achava importante, tais como
a história de Nathalie, resolvi escrevê-la em uma possível continuação do livro
ou em uma segunda edição de peregrino.
ZB: Você gostou do
resultado final do seu trabalho?
MJ: Sim. A história é muito boa e todo mundo que a leu diz se
surpreender com o final. O melhor de escrever é perceber do leitor como sua
obra o tocou. Adorei quando Renata do blog “Mania de Ler” disse ter vontade de
enfiar uma espada no Enoque. Se meu texto consegue produzir essas sensações no
leitor, significa que ele está sendo transportado para dentro da história.
Mas, há algumas passagens que eu reescreveria, omitindo,
aumentando... acrescentando um capítulo ou outro... São coisas que poderão vir
em uma segunda edição.
ZB: Que recado você deixa
para todos os leitores de Peregrino?
Agarrem-se às asas do Peregrino, sobrevoem aquelas páginas e
viva essa história... a maior satisfação de um escritor é ver sua obra sonhada
em conjunto...
Grande Abraço
Marcos Monjardim